Creche, Maternal, Jardin, Berçário Porto Alegre

Compreender o funcionamento autista requer força de vontade para abandonar antigos padrões, crenças e certezas tidas até então como absolutas e para lançar-se rumo a uma viagem sem volta e sem bagagem. A criança autista pode nos oferecer uma oportunidade de redescobrir que não existe um caminho, uma estrada, uma maneira de aprender e ser feliz. Quanto mais nos abrirmos ao inevitável, colocando todo foco e energia em reinventar-se, estaremos abrindo caminhos para não só compreender o autismo, mas o nosso próprio desenvolvimento.

Nesse cenário, os cuidados para a escolha da escola são fundamentais, uma vez que a mesma pode auxiliar ou atrapalhar este processo que foi ou está sendo recém descoberto.

Alguns dos itens medulares a serem observados, começam pela proposta pedagógica da instituição, ou seja, não existem receitas prontas. Mesmo que duas crianças tenham o mesmo diagnóstico, não significa que reagirão igualmente à estímulos idênticos. O autismo trás em si algumas características em comum, que podem servir apenas como parâmetros de referência, porém, o que conta são as experiências e características individuais, isto é, o que funciona para um, pode não ter êxito para outro. A escola precisa receber “aquela” criança, e criar estratégias para “ela”, que é “daquele” jeito, com tais características e necessidades, e que está inserida “naquela” família. Não se recebe um diagnóstico. Cada criança é única.

Outros pontos significativos na escolha da escola, é que esta precisa ter uma equipe de profissionais verdadeiramente comprometidos com o desenvolvimento de “cada” criança. As propostas precisam ser adaptadas com tranquilidade sempre que se fizer necessário. É muito importante que a instituição esteja realmente aberta para receber não só a família, mas toda a equipe de saúde que atenda a criança, uma vez que são essenciais colaboradores, das principais informações para que a escola possa pautar-se num trabalho de maneira efetivamente funcional para o desenvolvimento do estudante.

O autismo evoca com muita intensidade as limitações da criança, no sentido de acessá-la. Nessa perspectiva, acreditamos que a convivência escolar compartilhada, entre todos que se ocupam desse sujeito, é o que caracteriza uma verdadeira escola inclusiva, a qual valoriza as diferenças e respeita as singularidades.

 

Psicopedagoga Viviane Roncato – Dir Pedagógida da Escola Infantil Janelinha